5 maneiras de investir em inovação na construção civil


Blog Construct – Julho/2018

Por Rafael Soares

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Muitas empresas têm seus modelos de investimento em inovação formatados em padrões tradicionais mais engessados. Normalmente, há um departamento de pesquisa e desenvolvimento responsável por buscar novas soluções ou tecnologias – no entanto, em meio a um ambiente instável e um mercado questionado politicamente, apostar em uma nova tecnologia ou em alguma promessa de inovação pode ser bastante arriscado.

Neste cenário, como manter a inovação na construção civil? Veja a seguir algumas ações essenciais para a criação de uma verdadeira cultura inovadora, que vai muito além da utilização de novas tecnologias e que pode ser bem mais relevante para os negócios.

1. Descentralizar

Novas ideias podem surgir de qualquer lugar, e não somente de um setor da empresa. Todos os colaboradores podem ser ativos na percepção e transformação de cenários com potencial de melhoria. A construção de uma cultura de protagonismo, através de programas de estímulo à inovação, empatia e colaboração pode fornecer a base para que isso se torne uma realidade.

2. Inspirar

Alguns profissionais têm total conhecimento de oportunidades de melhoria em sua companhia ou departamento – no entanto, muitas vezes o que falta é a motivação necessária para que estes colaboradores tornem-se agentes promotores de mudanças. É necessário, antes de tudo, inspirar todos a acreditarem que são capazes de fazer a diferença.

3. Capacitar

Não adianta ter uma boa ideia e não conseguir transformá-la em um projeto real. Depois de assimilarem que toda sugestão é sempre bem-vinda e potencialmente relevante, as equipes precisam conhecer na prática metodologias consolidadas para o desenvolvimento e a gestão de projetos.

4. Conectar

Dentro de uma organização, ninguém consegue bons resultados sozinho. A colaboração é uma estratégia que deve ser absorvida, incentivada e aplicada por todos. Um insight ganha corpo ao ser discutido e moldado por vários pontos de vista diferentes. Por isso, é fundamental promover o compartilhamento de projetos entre diferentes setores da empresa, garantindo que as melhores ideias possam ser valorizadas e executadas.

5. Ampliar

Abrir as portas pode ser muito melhor do que se pensa. A troca de informações entre empresas diferentes, especialistas, figuras consideradas referências e estar disposto a aprender com experiências distintas de seu universo corporativo pode agregar valor em todas as etapas citadas.

Para projetos desafiadores e que envolvam atividades sobre as quais a sua empresa não têm domínio, contar com o auxílio de referências externas – como consultores ou até empresas que já realizaram aquele processo – pode auxiliar na gestão do projeto e na obtenção de resultados positivos no final.

Exemplo: Método Engenharia

Um exemplo da consolidação deste processo é a célula de inovação da Método Engenharia. O Inova FAST nasceu dentro de uma das Unidades de Negócios da construtora com o objetivo de estabelecer um ambiente participativo, composto de abordagens menos estruturadas para promover a inovação colaborativa. Para aprimorar suas ações e ampliar seus horizontes, a empresa também estabeleceu parcerias com algumas startups.

Os participantes do Inova FAST são conduzidos por um ciclo mensal (Sprint), onde são convidados a olharem para um ponto de melhoria e a conhecerem metodologias de desenvolvimento de soluções para que então possam criar seus protótipos, sempre com a menor quantidade possível de recursos. Todos os projetos que não são incorporados de forma imediata continuam em processo de aprimoramento.

Todo o ciclo é orientado pela liderança da equipe de inovação, que utiliza técnicas do Design Thinking e do Scrum. Os membros unem-se ao grupo através de um convite e, para que haja uma rotatividade entre todos os colaboradores, os integrantes indicam novos colegas ao término de cada rodada. Este tipo de trabalho não exclui as metodologias tradicionais mais estruturadas, mas dá um novo significado a elas. Estas ações podem contribuir para que setores responsáveis por inovação tornem-se agentes catalisadores de ideias e promotores da constante mudança.