Gerenciamento de obras: 5 erros comuns que devem ser evitados


Saber realizar um gerenciamento de obras eficaz é tarefa imprescindível para cumprir o cronograma e garantir qualidade na entrega do seu trabalho. Diante disso, para que o engenheiro consiga impulsionar o correto desenvolvimento das atividades que ele propôs, faz-se necessário modernizar a sua forma de agir, ou seja, utilizar ferramentas que o ajudem a antever custos, planejar minuciosamente cada etapa, fazer dimensionamentos precisos e comunicar-se com a equipe no momento em que for preciso. Somente desta maneira é possível evitar alterações excessivas e retrabalhos.

Com a intenção de que você esteja atento a todos os detalhes e saiba identificar os problemas que podem surgir ao longo da execução do projeto, listamos 5 erros comuns que devem ser evitados no gerenciamento de obras.

Não antever os custos

Lembre-se: as expectativas de seu cliente devem ser preocupações suas. Então, além de uma obra bem projetada e eficiente, espera-se que ela seja econômica. Mas isso não significa adquirir insumos de qualidade inferior. A economia deve ser fruto de um controle bem elaborado dos custos.

Existem hoje vários indicadores que podem servir de parâmetro nessa organização. A seguir, explicamos alguns deles.

Custos diretos:

CUB/M²: O Custo Unitário Básico por m² será parâmetro para considerar os custos de construção da edificação.

SINAPI: A tabela, que é coordenada pelo IBGE e pela Caixa, tem como objetivo ser referência para a composição dos custos referente ao projeto, insumos, saneamento e mão de obra. Assim, possibilita que o orçamento não fuja da realidade do mercado.

TCPO: Como o SINAPI, trata-se de outra base de dados, esta controlada pela PINI, para orientação dos valores da construção.

Custos indiretos:

BDI: Apesar de cada obra possuir um BDI próprio, esse índice considera as despesas indiretas, como a administração central e, somado aos custos diretos, determina o valor final de um serviço.

Falta de planejamento estratégico no gerenciamento de obras

“Boa sorte é o que acontece quando a oportunidade encontra o planejamento.” – Thomas Edison.

O precursor da revolução tecnológica no século XX e conhecido, principalmente, pela invenção da lâmpada incandescente, já entendia, dois séculos antes de nós, que o planejamento é o princípio básico para alcançar seu objetivo.

Mas parece haver uma cultura em nosso país que se preocupa muito mais com a execução, em detrimento ao planejamento. E portanto, amarga um grande número de alterações e retrabalhos. Então, atente-se a todos os setores: operacional, logístico, administrativo. A equipe inteira deve estar ciente das expectativas da obra e produzir com um objetivo em comum.

Um bom planejamento estratégico deve dispor de:

  • Controle dos insumos;
  • Análise de desempenho dos serviços;
  • Avaliação criteriosa da necessidade de gastos extras.

Planta de formas imprecisas

A planta de forma é o guia de execução do seu projeto. Isso quer dizer que, se a projeção do pavimento não estiver bem detalhada, dificilmente o cronograma será cumprido.

Nesse caso, o uso de ferramentas digitais pode ser um caminho viável para criar planta de formas precisas, com acabamentos de alto nível, automatização dos processos e desenhos personalizados. Além de exigir muito menos tempo de trabalho.

Falhas na comunicação

Ruídos não só atrapalham a comunicação, como são capazes de criar grandes problemas durante a execução da obra. É como um telefone sem fio, se a mensagem for distorcida ao longo do caminho, o resultado será prejudicado. Portanto, todos devem falar a mesma língua, estar cientes das pretensões do projeto.

Atualmente existem inúmeros métodos para comunicar-se de forma rápida e dinâmica. Basta fortalecer esse diálogo e inteirar a equipe.

Descuidos com o cronograma

Imprevistos acontecem, mas isso não quer dizer que eles não possam ser evitados, ou pelo menos, reduzidos. O desmazelo com prazos é fator determinante para que você perca clientes, já que isso frustra as expectativas que, inicialmente, foram incitadas nele.

Portanto, além de um planejamento estratégico minucioso, faz-se necessário ser transparente acerca das movimentações que ocorrem no gerenciamento de obras. Se algum dos processos atrasar-se ao longo do caminho, você deve explicar para o cliente o porquê isso aconteceu, estabelecendo uma relação de confiança e demonstrando maturidade profissional.

Agora que você já compreendeu o que deve ser evitado, no próximo post vamos falar sobre como apresentar os elementos da construção detalhadamente, criando planta de formas com informações claras. No vídeo, a engenheira especialista em estruturas, Micheli Mohr Koerich vai explicar tudo isso na prática.

Por: Maria Carolinna Zimermann